Da união dos grupos teatrais Parlapatões e Pia Fraus surgiu, no início de 2006 o Circo Roda, com o objetivo de renovar o conceito da atividade circense. A junção das companhias aproveita as características de suas linguagens específicas, compondo uma unidade no que diz respeito à comunicação direta com a plateia, à utilização de recursos de picadeiro, a uma constante pesquisa cênica e à manutenção de seus respectivos repertórios.

O Circo Roda já realizou três grandes produções: Stapafúdyo (2006) Oceano (2008) e DNA: somos todos muito iguais (2010). Como seu nome diz, nasceu para rodar. E já passou por mais de 30 cidades brasileiras, atingindo a marca de mais de 600 mil espectadores.

O Circo Roda responde aos anseios de seus fundadores, os artistas e produtores Beto Andreetta, Hugo Possolo e Raul Barretto, que sempre sonharam em seguir pelas estradas, levando às cidades brasileiras suas variadas linguagens cênicas: teatro, circo e teatro de bonecos. A trupe mostra uma tendência contemporânea de profissionalização do circo e, dessa forma, busca propor uma discussão sobre os novos rumos para as artes circenses, tanto no que diz respeito à parte artística, como no que se refere à administração empresarial de um grupo, aliada a condições favoráveis de geração de trabalho e renda.

Assim, abre-se espaço para uma gestão moderna, valorizando artistas de qualidade e o treinamento constante para uma melhor qualificação técnica e estética. Neste sentido, em abril de 2012, em seguida à estreia de sua nova produção Caravana – memórias de um picadeiro, irão inaugurar o Espaço Circo Roda, um centro de treinamento e formação em artes circenses na cidade de São Paulo.
Num contraponto ao circo tradicional, o Circo Roda procura romper com o pensamento estigmatizado de que circo seja um mero entretenimento superficial, pretendendo erguer a linguagem do picadeiro ao mesmo grau e visibilidade que as outras artes cênicas do país.